Encontro dia 09/12
No nosso terceiro encontro, muito falou sobre a obra de Faraco “Norma culta brasileira: desatando alguns nós” e a BNCC.
É interessante como a
escola torna-se um ambiente de padronização de maneiras de agir, pensar e se
comportar; de distanciar os conhecimentos para/com os/as estudantes, de ditar fórmulas
e não aplicabilidades; de mais um lugar para receber ordens de superiores e
competir com seus iguais; realmente aparenta ser um meio de nos tornamos e acostumarmos
em ser operários, reprodutores, repetidores.
Então os estudantes dos
cursos de docência encontram Paulo Freire, e os olhos brilham, alargam-se e
contemplam. Mas... como nos é difícil aterrissar desse "conto de fadas"! Pois de
repente pensamos em Pedagogia do Oprimido a viagem inteira da faculdade para a casa,
e às vezes ameaçamos até mesmo perder o sono ao ir dormir. Não seremos
pessimistas, mas... é preciso tanto chão pela frente para conseguirmos promover
a educação de qualidade no “chão da fábrica”, e principalmente quando se trata
daquele chão batido da escola pública. Gosto de pensar que haverá muitos
erros, mas também muitos acertos nessa caminhada docente que acredito ser sem
fim. Também creio que a experiência no PIBID ajudará a todos nós.
Esse terceiro encontro
foi muito algo como “desabafar sobre práticas limitantes em escolas” e também
compartilhar reflexões e ideias preciosas.
Recordo-me de professora Andréa der dito (talvez tenha sido outra pessoa do encontro) que navegamos numa caixa enquanto andamos de navio quando, por exemplo, fazemos propostas de trabalhos utilizando-se de obras literárias com, sei lá, uma sala de 30 ou 40 alunos, mas que infelizmente aquele texto não faz sentido à realidade daqueles estudantes (por causa da ambientação da obra, por exemplo). Como se faz necessário desmistificar o conceito de Livro, como devemos discutir a respeito dos nomes canônicos na literatura brasileira, como a linguagem deve promover aproximação, como a leitura deve fazer sentido aos/às estudantes!
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Essa frase sobre navegar em uma caixa, me lembrou imagens como esta: navios levando containers. |
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