terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Xingu (2011)

Atividade: O Encontro com o "Outro"

Dupla: Dafhine Alves e Lucas Omena


Contexto do filme: Em 2011, o Parque Nacional do Xingu completava 50 anos de existência (1961). O filme é lançado também em meio a protestos contra a obra da hidrelétrica de Belo Monte no leito do rio Xingu, que provocaria impactos socioambientais.
 
Contexto de Enredo: No Estado Novo, Getúlio pensava políticas indigenistas ao mesmo tempo que elaborava a industrialização do Brasil, tendo como dois lemas predominantes de seu governo o patriotismo e o trabalho. Pois, conforme ARAÚJO, "o governo autoritário promoveu a valorização do trabalho como instrumento de nacionalidade" (2000 apud SARAIVA, 2013). Em paralelo, Getúlio buscava sondar áreas inexploradas do Brasil para torná-las produtivas. Por isso, a Marcha para o Oeste.

Sinopse: Três irmãos, em busca de aventura, se passam por peões, e se inserem na Marcha para o Oeste. Cláudio, Orlando e Leonardo, os Villas-Bôas, não imaginavam que, ao contrário do que era falado, a região já era habitada, e o contato com os indígenas mudariam seu destino para sempre.

Desenvolvimento: Os irmãos Villas-Bôas usam de não violência para ter contato com as terras inexploradas. Após o governo deixar claro suas pretensões de "civilização" dos grupos indígenas e desrespeito a suas terras, e dos irmãos terem conhecimento sobre o futuro para os grupos indígenas, usando-os como mão de obra explorável para extração de borracha, por exemplo, os Villas-Bôas tomam como princípio a proteção dos índios da região e propõem a criação do Parque Nacional do Xingu para obtenção de fronteiras demarcadas.


Filme: Xingu

Ano: 2011

Diretor: Cao Hamburger

Cenas (marcação tempo): 

0h9min05s

 

 

 

 

 

 









0h12min15s

 

 

 

 

 




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1h14min15s15

 

 

 

 

 




1h24min00s17


Roteiro (parte verbal):

 

 

 

 

 

 

 









Cláudio em voz off: “O que o governo chama de terra desocupada, na verdade tem dono”.

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



















Cláudio em voz off: “para mim não eram povos selvagens, era uma outra civilização, o encontro mudou as nossas vidas”

 

 

 




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


















Diálogo entre Orlando e Major

Imagem:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




















 

 

 




 

 





 




 







 

 





 






 



 


 







 

 

 


 

 

 

 

 

 













 


 




 







 






 





Parte sonora:

Os peões escutam um som, ficam apreensivos, acham a princípio que é onça, mas um deles reconhece ser de índio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
































Entoação de canto indígena

 

 

 

 

 

 

 

 









Chocalho pesaroso acompanha ritual mais silencioso, com alguns “clamores”.



¹ Os peões avistam armadilha de pesca feita pelos índios

² Os peões avistam os índios pela primeira vez em cima duma canoa

3 O cacique pega na faca disposta na areia por Cláudio

4 Cláudio e Orlando se maravilham com a comunidade indígena, avistando as ocas e os restantes

5 Os nativos olham para os irmãos com curiosidade, os rondam, atraídos para ver mais de perto, tocá-los, como na barba.

6 Os índios estão espantosos e com certo medo dos óculos de Cláudio, que o entrega aos curiosos, que examinam.

7  Orlando tenta explicar o que seja avião fazendo mímica e simulando som de turbina. Os índios mostram que conhecem algo parecido e dão o nome, mas parecem se referir a um pássaro.

8 Cláudio aprende e anota palavras na língua da tribo com um indígena.

9 Leandro se admira com a construção de uma oca, e a sobe imitando a operação do índio próximo.

10 Avião do governo pousa na aldeia indígena, os índios se assustam, correm, mas depois se aproximam. Cláudio parece olhar com o interesse o contraste da cena. Os índios, ‘incivilizados’, ‘selvagens’, mas inofensivos e o avião, da civilização, símbolo de progresso, mas tão agressivo àquele ambiente.

11 A aldeia gripa devido ao contato com os brancos, o cacique está entre um dos adoecidos. Um índio (que parece curandeiro) bafora fumaça no peito do cacique.

12 Cláudio com ajuda de um índio da aldeia, tem contato com nativos de outras aldeias próximas com o intuito de expandir os atendimentos médicos.

13 Índios comemoram junto com os irmãos Villas-Bôas a conquista do Parque Nacional do Xingu, que os isolaria e garantiria suas terras.

14 Os índios pintam o corpo de Cláudio para o ritual comemorativo.

15 Índios fazem ritual fúnebre em homenagem a Leonardo Villas-Bôas.

16 Orlando conversa com Major sobre a transamazônica, projeto militar que atravessa a região norte com estradas. Ao apresentar onde a transamazônica irá percorrer no mapa, Orlando percebe que a aldeia dos Creem será atravessada pelo projeto e pede para ser possível mudar a rota. Major não aceita que haja alteração.

Orlando: Major, será que não dá para deixar eles mais um tempo lá na condição de isolamento?

Major: não, não dá. E depois achamos que isolamento não seja bom pra ninguém. Progresso sim é bom, até pra índio!

Orlando: Não, não é! Desculpa discordar, mas não é! Até para nós eu tenho dúvida! Mas pra eles progresso não é bom, nem necessário!

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